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'Justo a mim coube ser eu' em tempos terapêuticos

 

 

Li uma matéria outro dia dizendo que o autoconhecimento se tornou um bom negócio, que  apostar na ideia de que ‘seja o seu melhor’, tornou-se um negócio rentável.

Não sou analista e nem tenho condições de avaliar esse tipo de investimento, mas quero falar sobre esse fenômeno.

Já há muito tempo conseguiu-se verificar a importância do autoconhecimento. Deve contar um pouco mais de 2.000 anos aproximadamente, então acho bastante razoável, que o fenômeno tenha se tornado mais popular e, desejo, com plenitude do meu coração, que não seja uma moda passageira, e que aqueles que investirem financeiramente no negócio, tenham se trabalhado suficientemente para oferecer atendimentos honestos.

E aqueles que se sentirem convocado ao chamado autoconhecimento reconheçam a importância dessa empreitada, para além da moda atual. 

O auto conhecimento tem suas origens em duas linhas, que eram quase a mesma: filosofia e medicina. E quem era médico, também era terapeuta, porque afinal, therapeia, do grego, significa “o ato de curar” ou “ato de reestabelecer”. Outra palavra da mesma linha é THERAPON, que tem o significado de “aquele que serve, atende alguém”[1]. 

Muita  água rolou embaixo dessa ponte, e hoje as coisas estão bem divididas. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. E será bom não perdermos a noção da integralidade, da inclusão, da interdependência de fatores no processo de restabelecimento de qualquer pessoa.

Assim, não desperdicemos mais tempo, nem oportunidades. Avancemos nessa direção e sigamos nosso propósito.

Aliás, como você tem realizado esse caminho de autoconhecimento?  

O que tem feito para se tornar cada vez mais você ?


 Olivia Gonzalez


'Justo a mim couber ser eu' é uma frase divulgada pela personagem Mafalda, de Quino.

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