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Mostrando postagens de 2020

Além dos 63 anos - Se preparando para o envelhecimento

  Diz um ditado antigo, chinês, que temos '20 anos para aprender, 20 anos para lutar e 20 anos para nos tornar sábios'. Pois bem, durante os primeiros 20-21anos de vida estamos numa fase em que aprendemos a andar, a falar, a pensar, a nos relacionar, aprendemos a aprender; depois, durante a fase entre os 21 e 42 anos, é a época em que nos dedicamos a conquistar a nossa vida, por assim dizer: nos dedicamos a estudos mais específicos, nos relacionamos mais seriamente e, podemos constituir família, empregamos nossa energia em conquistar um lugar ao sol e, nos 21 anos seguintes, entre 42 e 63 anos temos a possibilidade de assentar todas essas experiências e partilhar, transmitir nossa vivência, orientando, inspirando os outros, amadurecendo nossa consciência social, despertando nossa consciência espiritual. A partir dessa fase, dos 63 anos, temos a oportunidade de viver a partir da nossa sabedoria.   O que seria isso?   Seria direcionar nossa vida a partir das lições que

Limites, a construção da cerquinha.

Péraí! Alto lá! Existem muitas formas de colocar limites para os outros, e,   também seria de bom proveito  reconhecer como recebe o  dos outros .   Será que meu limite é igual para todos? Será que limite é igual para todo mundo? Da mesma maneira que existem diversos modelos de cercas, demarcando um território particular, assim também podemos encontrar diversidade nos limites que precisamos. É sabido que nossos limites variam de pessoa para pessoa, de relação para relação, e as vezes, de um dia para outro. Enfim, é assim que vamos nos colocando no mundo, nas relações.     E o que define nossos limites?   Alguns poderão dizer: 'a lua!' Outros: 'como os outros agem'; e outros ainda podem definir seus limites de acordo com critérios bem próprios, e estabelecidos por uma percepção de respeito e bem estar, a partir de seus próprios valores.   Como você define onde irá fincar sua cerquinha?   E é interessante perceber que determinadas pessoas, tem tant

Durma com os anjos

“Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.” Clarice Lispector  - Boa noite, durma com os anjos! Uma frase bastante comum na minha infância, quando minha mãe se despedia de mim, na hora de dormir. E, no resgate dessa lembrança, associada a alguns novos conhecimentos, me disponho a falar sobre algo que envolve nossos hábitos e que podem ser realizados 'no piloto automático' ou com consciência. Quando minha mãe se despedia de mim, na hora de dormir, ela transmitia que ali se encerrava um ciclo, e que dormir com os anjos me prepararia para o novo ciclo no amanhecer. Ao dormir, nossa alma se distancia de nosso corpo físico e se envolve com outras questões. Quais questões ? O que determina isso ? Posso dizer que, quanto mais consciência tivermos desse processo, mais claro isso se torna. Temos o tempo de acordar e o tempo de dormir. Isso implica na necessidade que temos de realizar um descanso, certo? E, talvez a pausa precise ser considerada ta

Fantasia de carnaval

Carnaval é folia e diversão. Coisa muito mais antiga do que a trazida pelos portugueses para o Brasil.  A festa, que teve início muito antes disso, ali por volta de 600 antes mesmo de Cristo!, era uma brincadeira que acabava em coisa bem séria, mas que trazia  em si, a oportunidade de que cada um pudesse fazer de conta que era o outro. Alguns historiadores contam que a festa consistia em permitir que um prisioneiro se fantasiasse de rei e tivesse regalias, e também, que os reis fossem tratados como meros mortais. Mortal mesmo era o destino do prisioneiro depois da festa! Mas enfim, carnaval do latim: carnis levale significa ‘carne retirada’ e daí, isso tudo vai fazendo algum sentido. A carne retirada de si mesma pode ser vestida pelo outro ou pode simplesmente ser retirada. Com o passar dos tempos a festa foi ganhando outros contornos, até chegar aqui no Brasil como uma tal festa do entrudo, para dar início ao período da quaresma. A festa permitia realçar a capacid

Entre pais e filhos

“Você me diz que seus pais não te entendem Mas você não entende seus pais Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo São crianças como você O que você vai ser Quando você crescer” Renato Russo Pais e Filhos A relação entre pais e filhos sempre encontra um terreno fértil quando tratamos de desafios. Não há pai, mãe, filho ou filha que  tenha deixado de enfrentar um, nessa íntima relação. Na fase da infância, muito menos comum do que gostaríamos,  temos um ou outro evento marcante, mais ou menos significativo, envolvendo sentimentos de abandono, rejeição, abuso, descaso, agressão, … Na adolescência, quanto desentendimento! com que facilidade nos deparamos com a palavra ‘errada’ que causa desconfortos, estranhezas e afastamentos. E tudo isso tão recheado de vontade de fazer dessa relação, uma das melhores! Não é incomum, no papel de pai/mãe, educador, nos perguntarmos: ‘Onde foi que eu errei?!’  ou ‘Como vou lidar com isso?’. E no papel de filho/filh