Ainda usamos chaves para algumas coisas, mas o mais comum agora é termos senhas para acessar portais, sistemas e portas propriamente dita.
As senhas, que tem o mesmo princípio das chaves, nos possibilitam adentrar um território particular. E, estando nele, compartilhar com alguns ou muitos, aquilo que quisermos.
As chaves ou senhas, possibilitam abrir e fechar passagens, não é? E as passagens podem ser reais como portas, virtuais como aplicativos e redes sociais, e simbólicas como os ciclos da vida.
De todos eles, os ciclos da vida ainda são os mais elaborados.
Fechar ciclos é uma coisa! E nem sempre é fácil. Com certeza, dá trabalho. E numa época em que estamos cada vez mais entregando à tecnologia para fazer aquilo que não nos agrada, pode-se pensar que enviar frases e imagens sejam suficientes para processar vivências. Não é. Pode ajudar, mas não realiza todo o processo.
O processo é individual, é o passo de cada um. Cada um tem seu jeito de andar pela vida e é necessário se apropriar de como é esse jeito. As vezes tenho vontade de preparar um letreiro, com luzes piscantes, avisando sobre essa necessidade, principalmente neste momento em que as máquinas vão ganhando cada vez mais espaço. Quanto mais espaço as máquinas ganham para fazer coisas, mais precisamos - e seria excelente se na mesma velocidade-, ampliar a consciência sobre nós mesmos. É o que nos diferencia de todos os outros reinos da existência e precisamos fazer uso disso!
Não se evite. O encontro consigo mesmo vale a pena!
É através dele que encontramos nossos talentos, nossos dons, nossos potenciais para fazer a diferença.
E, como tudo vem num desenrolamento, numa sequência nem sempre compreensível, mas ainda assim em ciclos, nossa atenção para com os processos que vivemos é preciosa para reconhecermos quando algo termina e um novo início se faz necessário.
E a generosidade da vida nos dá lições continuamente com o ritmo diário do nascer e por do sol, com o ciclo das estações, e com o ritmo anual que nos leva a comemorar o encerramento de um ano e o início do outro.
Neste momento, toda a nossa energia fica concentrada nos desejos do que queremos e, as vezes, sobra uma energiazinha, para apreciarmos aquilo que vivemos e retirar dali as lições significativas. Quando esse processo é realizado, nos fortalecemos porque podemos reconhecer o que conquistamos, o que ganhamos, o que perdemos e o que faltou, enfim, o que queremos carregar para o próximo e o que precisamos deixar para trás. Esse exercício de observação com o que foi vivido é que pode nos levar a abrir novos ciclos mais promissores.
Então, não se esqueça: para abrir novos ciclos, use as chaves nas portas de dentro!
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